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Números não mentem, mas Rosalba tenta fugir da realidade

Bem que a prefeita Rosalba Ciarlini (PP) e seu grupo tentaram encarar com naturalidade e vender versões favoráveis, em relação à pesquisa Rádio Difusora de Mossoró/Instituto Agorasei, divulgada na sexta-feira (23) – veja AQUI. Mas, não é possível disfarçar o que os números dessa sondagem revelam: a prefeita e seu esquema sentem calafrios.

Rosalba ‘estica’ intenções de voto para vender uma ideia que se esconde da verdade (Reprodução BCS)

O rosalbismo nunca esteve tão ameaçado de perder o poder como ocorre agora. Aparentar tranquilidade e propagar que a pesquisa foi boa, não colou. Até porque, as piruetas em contas, números e propaganda insultam a inteligência alheia, por brigar com a lógica e com os próprios fatos. Veja que disparate: Com baixa avaliação, Rosalba ajeita desgaste com fake news.

A propaganda da “Rosa” também garantiu que ela alcançou 41,7% de votos válidos, para camuflar que teve apenas 32,5% das intenções de voto. Significa uma maioria de tão somente 12,5% sobre o segundo colocado, deputado estadual Allyson Bezerra (Solidariedade). O deputado já pode ser visto no retrovisor do governismo e as eleições serão apenas em 15 de novembro.

Em 2016, Rosalba chegou a emplacar 40,06% (veja AQUI) de maioria em intenções de voto sobre o empresário Tião Couto (PSDB, à ocasião), numa pesquisa em fevereiro daquele ano. Ela somava 43,08% e ele uma mixuruca de 3,02%. Três meses depois, a dianteira ainda ficou em 34,53% (veja AQUI) sobre o mesmo disputante, apesar do crescimento que mostrou. Eram 47,03% da pré-candidata contra 12,50% dele.

Pior governadora virou prefeita de novo

Nas urnas, em 2 de outubro, Rosalba venceu as eleições com 51,12% dos votos, contra 39,39% de Tião Couto. Novato na política, o empresário cresceu 36,37% em quase oito meses ameaçando sua vitória. Já Rosalba, apenas 8,04% em todo esse tempo.

Para 2020, o cenário é muito mais delicado. As intenções de voto dela estão bem achatadas, num comparativo com o que apresentou em 2016. E quem está atrás – Allyson Bezerra – já possui capital bem além do que Tião Couto juntava. Arrancou em alta.

Rosalba foi eleita à prefeitura em cima da desgraça alheia. A gestão delicada do prefeito Francisco José Júnior a ajudou a atenuar a imagem que deixou como pior governadora do país (veja AQUI), segundo pesquisa do Ibope, publicada dia 13 de dezembro de 2013. Em junho de 2014, ela alcançou o recorde com 89,5% de reprovação no RN e 93,4% em Natal.

Agora, vai encarar em baixa uma campanha municipal plebiscitária. O eleitor vai dizer se aprova ou não aprova seu governo. Já começou a falar: apenas 31% dos ouvidos disseram que sim, na pesquisa do Agorasei.

Oposição já tem vantagem em intenções de voto

Por enquanto, a fórmula de sempre à base de propaganda, obra de fachada e estrutura pública não tem sido o bastante. Vai ter que usar mais artimanhas para confirmar seu favoritismo (que ainda resiste) e enfrentar uma oposição que hoje já soma maior intenções de votos do que ela.

Uma matemática simplória e rústica revela que a simples composição Allyson Bezerra-Cláudia Regina (DEM) já implodiria a reeleição com 34,5% das intenções de voto contra 32,5% de Rosalba.

Para quem não sabe, não lembra ou, ciente, prefere fazer de conta que desconhece o fato, em 2016 a soma de votos dos concorrentes de Rosalba à municipalidade chegou a 65.114 (49,38%) contra 67.476 (51,12%) dela. Sua dianteira sobre o cumulativo de quatro candidatos foi de apenas 2.362 votos (1,72%).

De lá para cá, fácil perceber que a maioria mudou de lado e começa a fazer folga nessa vantagem.

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