Do G1
O deputado federal Arthur Lira (PP-AL) foi eleito nesta segunda-feira (1º) presidente da Câmara dos Deputados e ficará no comando da Casa Legislativa pelos próximos dois anos, até 2023.
Lira recebeu 302 votos, mais que o dobro do segundo colocado, Baleia Rossi (145 votos) e mais que a metade dos 505 votantes. Com isso, a vitória foi definida já no primeiro turno.
Líder dos partidos do Centrão, que fazem parte da base do governo na Câmara, o deputado tinha o apoio do Palácio do Planalto. O resultado representa uma vitória política do presidente da República, Jair Bolsonaro, que trabalhava para ter um aliado no comando na Casa.
Além de definir as pautas de votação do plenário, o presidente da Câmara tem a prerrogativa de decidir, sozinho, se abre ou não um processo de impeachment para afastar o presidente da República.
O placar final da votação ficou assim:
. Arthur Lira (PP-AL): 302 votos
. Baleia Rossi (MDB-SP): 145 votos
. Fábio Ramalho (MDB-MG): 21 votos
. Luíza Erundina (PSOL-SP): 16 votos
. Marcel Van Hattem (Novo-RS): 13 votos
. André Janones (Avante-MG): 3 votos
. Kim Kataguiri (DEM-SP): 2 votos
. General Peternelli (PSL-SP): 1 voto
. Em branco: 2 votos
O presidente da Câmara também ocupa o segundo lugar na linha de sucessão da Presidência da República. Na hipótese de Bolsonaro e o vice, Hamilton Mourão, estarem fora do país, quem comandará o Planalto será Lira.
O principal adversário do novo presidente na disputa foi Baleia Rossi (MDB-SP) – candidato do agora ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que tentava emplacar um sucessor. Ao todo, nove candidatos se inscreveram na eleição.
Após ser eleito, Lira anulou ato de Maia sobre a inscrição do PT para participar do bloco parlamentar que apoiava Baleia Rossi na disputa para os demais cargos da Mesa Diretora da Câmara.
O PT, que pelo critério da proporcionalidade e com base na decisão de Maia, ficaria com um dos cargos mais importantes da mesa, a Primeira Secretaria, agora deverá ocupar uma vaga menor. (Entenda a decisão de Lira)
Uma nova eleição para esses cargos foi marcada para esta terça-feira (2). Partidos que apoiavam Baleia Rossi se reuniram, argumentaram que o ato de Lira foi ilegal e autoritário e decidiram mover uma ação contra a decisão no Supremo Tribunal Federal (STF). Até o início da manhã desta terça, a expectativa era que a ação ainda fosse apresentada.
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