Ontem, a CPI dos atos golpistas da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), ouviu a influencer Ana Priscila Azevedo, apontada como uma das lideranças no acampamento em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília. (aqui).
A internet está repleta de vídeos, áudios e imagens onde ela convoca os patriotas a irem a Brasília, especialmente nos três dias anteriores à tentativa de golpe. “Venham patriotas de todo o Brasil, vamos sitiar os Três Poderes”, diz, exaltada, num dos áudios.
Também há um vídeo onde ela debocha do fato de uma viatura da Polícia Federal ter sido depredada, outro em que ela traz uma sequência de “porra”, comemorando a tomada da Praça dos Três Poderes.
O material probatório em seu desfavor é enorme, o que leva a crer que sua pena tende a ser uma das mais elevadas entre todos os acusados de tentar dar um golpe em 8 de janeiro. Ela está presa desde o dia 10 de janeiro.
Ontem, o depoimento de Ana Priscila durou mais de quatro horas. Ela demonstrou convicção de que o quebra-quebra foi feito por infiltrados e que a polícia foi conivente. Por várias vezes reafirmou que era patriota e que sua intenção não era dar um golpe, mesmo os vídeos mostrando exatamente o contrário.
Quando estava sendo inquirida pelo relator, o deputado distrital Hermeto (MDB), ela disse que era norte-rio-grandende de Mossoró, o que despertou a atenção dos moradores da cidade, que até então desconheciam o fato de uma das líderes do movimento golpista ser mossoroense.
A conta dela no Facebook traz algumas fotos na cidade, além de várias imagens em protestos de rua, inclusive algumas no “Fora Dilma”, em 2013. Esse fato foi lembrado no depoimento, oportunidade em que o presidente da CPI, o deputado Chico Vigilante (PT), comentou que ela já era golpista fazia muitos anos.
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