Blog da Chris

WILMA DE FARIA – UMA CRÔNICA VITORIOSA

                                                                      Wilma: no palanque, governadora, em 23-07-06 (Foto: Web)

Por François Silvestre

 

Disse um poeta, na sua lira, que “a morte não separa ninguém, quem separa é a vida”. Soube ainda de madrugada, pela Coluna do Herzog, de Carlos Santos, do falecimento da ex-Governadora Wilma de Faria.


Veio-me à memória um episódio da campanha para o Governo do Estado em 2002, em que ela foi candidata e vitoriosa.


Dormimos em Martins, e após o café da manhã em Cajuais da Serra, descemos para uma movimentação em Umarizal. Fomos no meu carro, em cujo trajeto eu alertei para possíveis reações negativas contra ela. Wilma disse: “Não se preocupe. Estou acostumada”.


Faríamos uma caminhada pela feira e, se possível, um comício. A feira de Umarizal espalha-se por vários lugares da cidade. A primeira parada foi na feira da Rua Nova, onde há um pequeno mercado de carnes e vendedores ambulantes de cereais e legumes. Além de bancas com bebidas e comidas. Tem de tudo.


Ao descermos, caminhamos para o meio do burburinho. Aí, minha surpresa. Até pessoas que diziam não votarem nela trataram-na com gentileza. Ela foi cumprimentando as pessoas e o aglomerado aumentando.


A coordenação da campanha entendeu que a ocasião se prestava a um comício relâmpago. Os candidatos, inclusive a senador, Ismael Wanderley, decidiram que só falaríamos Wilma e eu. Não havia palanque.


Um feirante ofereceu sua camioneta, com sacos de feijão, para substituir o palanque. E assim foi. Não poderia haver um palanque mais sertanejo. Em cima do feijão, na feira de Umarizal, falamos Wilma e eu.


Tempos depois, ela me disse: “Foi um dos momentos mais bonitos da campanha”.


Que lhe seja leve a terra da sua terra!

 

Share on facebook
Share on twitter
Share on whatsapp
Share on telegram

Twitter