O Senado Federal aprovou na noite de ontem, em sessão cheia de confusão, o projeto de lei (antipático, diga-se) que modifica a Consolidação das Leis Trabalhista (CLT). Com 50 votos a favor, 26 contra, e uma abstenção.
Os senadores Garibaldi Alves (PMDB) e José Agripino (DEM) votaram a favor, o que, aliás, não foi surpresa nenhuma, já que os senadores são da base aliada do presidente Temer (PMDB). A senadora Fátima Bezerra (PT) votou contra, assim como todos os demais senadores do Partido dos Trabalhadores.
(Foto: UOL/Web)
As senadoras Fátima Bezerra (PT-RN), Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Vanessa Grazziotin (PC do B-AM) “tomaram’ a mesa a fim de evitar a votação. O Presidente Eunício de Oliveira (PMDB-CE), presidente da Casa, mandou desligar os microfones e luminárias do plenário. Nas redes sociais uns acharam a atitude das senadoras democrática e um gesto em luta e defesa da classe trabalhadora, outros nem tanto, acharam que as senadoras cometeram ato de desrespeito.
De nada adiantou, o projeto foi aprovado e deverá ser sancionado de imediato pelo presidente Michel Temer, já que a reforma é uma de suas bandeiras.
Para os que defendem a reforma, ela traz modernização das relações de trabalho; para os que são contra, as mudanças são massacrantes para a classe trabalhadora, um exemplo é a redução do horário de almoço, que passou de uma hora para apenas 30 minutos.
Em enquete realizada pelo portal UOL, 61% dos leitores se mostraram contrários à reforma, 35% se mostraram a favor e 2% não souberam responder. Até a publicação desta postagem, mais de 156 mil internautas já tinham votado.
Isso mostra, de forma evidente, que nossos congressistas não estão ali para representarem o povo. No caso em tela, foi atendida a vontade da classe empresarial.
