Blog da Chris

O PDT de Mossoró ainda espera uma conversa com Carlos Augusto

(Foto: Web/Cláudio Roberto)

O ex-vereador Genivan Vale (PDT) é o nosso entrevistado de hoje no quadro “6EIS PERGUNTAS”.

Na entrevista, Genivan confessa que o seu partido, o PDT, integrante do “chapão da morte” na candidatura proporcional, ainda aguarda uma conversa com o marido da prefeita, Carlos Augusto, líder máximo do partido; afirma que o governo de Francisco José Júnior foi medíocre, elogia a atual administração da Câmara pela luta por uma sede própria; e fala ainda de seu futuro em relação a política.  

1- O PDT, o senhor e o ex-vereador Tomaz Neto se sentem atendidos no governo Rosalba, ou esperam ou esperavam alguma secretaria?

O PDT aguarda uma conversa com Carlos Augusto, pois em mais de uma oportunidade a Pref. Rosalba deixou claro que era ele quem iria tratar com os partidos, e antes da campanha fechamos um acordo politico, onde PDT, PMDB, PSB, PP e PDT aceitaram participar do chapão da morte, como ficou conhecida nossa coligação, em virtude dos grandes quadros e puxadores de voto, e, portanto, aguardamos essa conversa para poder saber onde o PDT  poderá contribuir com o Governo.

2- O senhor foi crítico mordaz da gestão Francisco José Júnior, principalmente na Saúde. Houve alguma mudança, positiva ou negativa, neste setor, na atual administração?

Na realidade cumpria meu papel de vereador.  Legislava e fiscalizava as ações do executivo.  Desde o inicio do segundo mandato deixei claro que iria dedicar mais tempo à atividade de fiscalizar, pois entendo que já temos leis demais, e precisamos mesmo é que estas sejam executadas, trazendo como consequência serviços públicos de boa qualidade.  Esta atividade fiscalizadora que deveria ser regra em todos os parlamentos e não o é, causou um certo impacto ,que somado , ao uso dos recursos das mídias sociais, nos  permitiu chegar aos lares de muitos mossoroenses.  Como o governo Silveira foi de uma mediocridade gritante, tínhamos muito o que mostrar, isso nos permitiu aparecer mais e talvez daí venha a ideia de termos sido um crítico mordaz.

A primeira e fundamental mudança positiva foi a certeza dos salários em dia.  Não há nada mais perturbador ao servidor do que a incerteza do recebimento dos salários, pois as contas não atrasam.

Na saúde tivemos avanços.  O laboratório do PAM, que passou quase um ano fazendo pouquíssimos exames, hoje está novamente na sua plenitude.  Quem viu o PAM do Bom Jardim em gestões anteriores a de Francisco José Júnior, sabe como era grande o fluxo de pessoas sendo atendidas.  Antes da atual gestão o PAM parecia um cemitério, hoje, assim, como o laboratório, o PAM está retornando as suas origens.

O AMI (atenção materno-infantil) estava descredenciada no Min. da Saúde e jogada dentro de uma sala no PAM, hoje está novamente credenciada e está no prédio ao lado do PAM, onde funcionou a UISAM.

No SAMU chegaram 03 novas ambulâncias, aumentando o quantitativo para 05 e melhorando a capacidade de atendimento a população.

Pagamento do Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade na Atenção Básica (PMAQ-AB) que estava atrasado há 06 meses.

Melhoria no transporte social do TFD (Tratamento Fora do Domicilio) para os pacientes que precisam se deslocar para Natal e Fortaleza.

Ainda há muitas coisas para fazer, como, por exemplo, aumentar a atenção básica na zona rural e em áreas descobertas, salvo engano, ainda temos 11 áreas descobertas (sem atendimento médico). É preciso darmos dignidade  aos moradores dessa áreas sem atendimento. Também precisamos diminuir a vergonhosa fila de espera para fisioterapia, bem como tentar encontrar uma solução definitiva para o problema de algumas cirurgias, tais como as cirurgias eletivas ortopédicas e obstétricas.

3 – A alegação de “herança maldita” pode ser utilizada até quando? A partir de que momento esse discurso não caberá mais?

Particularmente, não gosto de olhar para o retrovisor.  Sei que os munícipes conscientes e apartidários sabem o esforço que a governante do momento imprime para tentar manter a máquina funcionando, mesmo com todos os pepinos encontrados.   Entendo que a energia gasta para tentar justificar algo visível, deva ser aplicada para corrigir e melhorar os serviços públicos.

4- Qual a avaliação que o senhor faz dos trabalhos na CMM, já que houve uma grande renovação na última eleição. Cite alguns fatos (pontos) positivos e negativos da atual legislatura que o senhor tem observado. 

Não acho ético falar de algo que não estou participando efetivamente, mas acredito que como nas duas que participei havia mais interesses próprios que coletivos, e toda mudança social leva muito tempo para acontecer, acredito que a atual também pereça do mesmo problema.

De positivo citaria a luta pela sede própria, pois é vergonhoso termos que pagar aproximadamente 400 mil por ano de aluguel.  Também soube que, finalmente, estão cumprindo o regimento no quesito prestação de contas, e portanto, a cada mês, o balancete é apresentado em plenário para aprovação.

5- Para o próximo pleito estadual, como deverá se comportar o PDT de Mossoró na formação de alianças? Qual a tendência do partido?

Em conversa com executiva estadual ouvi que teremos um projeto para eleger um deputado federal e dois estaduais.  Com relação a formação de alianças, o cenário está muito nebuloso,  e não seria salutar afirmar sobre coligações neste momento, porém nosso Pte Tomaz Neto tem demonstrado que é possível o PDT mossoroense lançar nomes a estadual e federal.  Apoio a ideia, pois o partido precisa voltar a ser grande na segunda cidade do Estado, nossa cidade está carente de representação.  A cidade precisa ter mais representatividade tanto na assembleia legislativa quanto na câmara federal.

6- O senhor recentemente foi aprovado no exame da Ordem dos Advogados do Brasil, pretende seguir alguma carreira jurídica, desistiu da política ou ainda irá disputar algum mandato eletivo?   

Sempre gostei muito de ler e estudar, mesmo exercendo a atividade empresarial e legislativa, me aventurei em fazer um segundo curso universitário na nossa gloriosa UERN, pois acho que devemos sempre nos capacitar mais e mais.  Sou Farmacêutico-bioquímico (UFRN) com pós-graduação em análises clínicas, e agora, advogado, já inscrito numa pós na UNIP(Universidade Paulista).  Não podemos nunca dizer que dessa água não beberei, mas minha família pede para que me dedique mais a profissão e a empresa.  Estamos dando um tempo na política e focado nos estudos e na atividade empresarial, mas entendo que é preciso fazermos a Política com P maiúsculo para podermos sair desse lamaçal, com isso deixo claro que jamais deixarei de exercer minha cidadania, já a candidatura é que não depende somente de vontade própria, pois ninguém é candidato de si mesmo.

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