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Clauder Arcanjo, um escritor cearense a serviço de Mossoró.

Clauder Arcanjo (Foto: publicação) 

O nosso entrevistado de hoje, no quadro “6 Perguntas”, é o mais novo membro da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras (ANRL), engenheiro e professor, Antônio Clauder Alves Arcanjo, natural de Santana de Acaraú-CE, mas mossoroense de coração desde 1986.     

Não é a primeira vez que Clauder Arcanjo engrandece nosso espaço, já o entrevistamos em nossa coluna diária, no Diário de Natal. Hoje, Clauder abrilhanta o blog com sua inteligência e conhecimento de vida. Ele nos fala de Mossoró, de literatura, da editora Sarau de Letras, de como se define e por que decidiu concorrer a uma vaga na Academia Norte-Rio-Grandense de Letras.

1- Como surgiu Mossoró em sua vida?

Clauder Arcanjo – Mossoró surgiu em minha vida nos idos de 1986. Engenheiro da Petrobras, trabalhando nos campos terrestres potiguares, aqui resolvi estabelecer meu lar com a minha Biscuí. Mossoró, então, desde aquele ano, foi se nos revelando uma terra carinhosa, dadivosa, acolhedora. Enfim, adotiva; daquelas, sabe, que o coração se apega para nunca mais se apartar.

2- Alguma coisa une petróleo e literatura?

Clauder Arcanjo – O petróleo é tido como o ouro negro da terra; a literatura, para mim, o ouro negro da alma humana.

3- O que motivou o aparecimento da editora Sarau das Letras?

Clauder Arcanjo – Sarau das Letras é sonho e realização de dois amigos, apaixonados por livros e por literatura: David Leite e eu. Concebemos a Sarau das Letras, em primeiro lugar, movidos pela ideia de ofertarmos uma nova opção de editoração para os autores locais. Editora esta em que a marca da qualidade imperaria. Após duzentos e dez livros publicados, ainda continuamos aprendendo, mas dando o nosso melhor para a apresentação de obras que orgulhem os autores e leitores bibliófilos.

4- No âmbito literário, você se define como contista, cronista, romancista ou poeta?

Clauder Arcanjo – Defino-me como um mero escrevinhador de província. Às vezes, o conto surge; outras vezes, a crônica. Em certas situações, o apelo é para o romance. De quando em quando, o brilho do poema desponta neste meu coração sertanejo. Quem me define, desconfio, é quem me lê.

5- Recentemente você foi eleito para uma cadeira da Academia Norte-rio-grandense de Letras. O que lhe levou a concorrer?

Clauder Arcanjo – O que me levou a concorrer?!… Para mim, a honra de fazer parte da Casa de Cascudo. Há quinze anos, em chão potiguar, fiz a minha estreia como escritor. Depois de sete livros individuais, e mais três livros organizados, decidi que seria a hora de submeter meu nome aos membros da Academia Norte-rio-grandense de Letras. A eleição, antes de encher-me de orgulho, pede-me humildade no meu mister de escrevinhador, bem como a necessidade imperiosa de fazer mais e melhor em prol das letras e da cultura potiguares.

6- Cite três nomes de sua admiração, respectivamente, na literatura mossoroense, potiguar e brasileira.

Clauder Arcanjo – Na literatura mossoroense, Dorian Jorge Freire. Na potiguar, Oswaldo Lamartine de Faria. Na brasileira, Machado de Assis.

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