Blog da Chris

A triste opção de não ter opção…

Não é de hoje que a queda de braço entre Presidente da República e os Empresários (grandes em sua Maioria) VERSUS Governadores, Prefeitos, Poderes Legislativo e Judiciário no que diz respeito a afrouxar ou não o isolamento social segue.

Tenho amigos que não estão na totalidade respeitando o isolamento social, não por não quererem, mas porque não possuem outra saída.

Charge é de Vitor Teixeira (Foto: publicação) 

Não falo aqui de grandes empresários, falo do autônomo, do ambulante, do pequeno e micro empresários. Daqueles que inclusive receberam os R$ 600,00 do governo federal. Sejam sinceros. Água, Energia, Alimentação, Aluguel, produtos em geral como da área de limpeza, R$ 600,00 é suficiente? Claro que não, um valor pequeno, quase insignificante, pouco mais da metade do salário mínimo.

Na bairro Lagoa do Mato, aonde moro, há alguns comerciantes trabalhando, colocando sua vida em risco, como os condenarei se eles fazem isto por termos um Estado que primar a Economia e não a vida dos Cidadãos Brasileiros.

Um Estado que banca Bancos e Banqueiros e dar migalhas ao seu povo.

Se por acaso alguém pegar a Constituição de 1988, temos muitos direitos, como o ir e vir, liberdades de imprensa, credo, expressão, dentre outros. Mas sabem qual o maior? O DIREITO A VIDA, ele se sobrepõe a todos, é a base da existência de tudo, sem vida não há Economia? Sem vida, sem pessoas, não há nada, nem consumo.

Motoboys, aplicativos de locomoção e outros não estão prestando serviço por não querer estar em casa, mas pra não poderem. Por termos uma sociedade que o TER SUPERA O SER. Por não termos uma justiça social.

Antes que venha chamando-me de “Esquerdopata”, lembro-lhes que em países como a Dinamarca, a desigualdade social é mínima. Recordo numa reportagem que um Deputado ganhava 22 mil euros e um Pedreiro 18 mil. Ninguém está falando em socialismo ou comunismo, mas em diferenças mínimas na sociedade.

Se tivéssemos um Estado assim, muito provavelmente teríamos mais condições de enfrentar esta Pandemia. Também seríamos menos desiguais e a OPÇÃO nem existiria, pois o Estado verdadeiro, protege a Economia, mas sabe que a Vida é mais importante.

*Tales Augusto é professor do IFRN

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