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Faltaram propostas no debate da Band

(Foto: BandRN

Por Laurita Arruda (Território Livre)

O primeiro Debate da TV Bandeirantes com os candidatos ao Governo de todo Brasil começou às 21 h e terminou às 23 h, duas horas na noite de domingo para tratar de propostas e futuro do Rio Grande do Norte, certo? Nem tanto.

Quem assistiu o encontro dos quatro candidatos ao Governo terminou o embate com a sensação que faltou a principal motivação para esse tipo de encontro pré-eleitoral; discutir caminhos para o Estado nos próximos quatro anos.

“Eu quero ser o Governador da Saúde”, “Quero melhorar a Segurança de sua cidade” ou “Vou priorizar a energia limpa do RN”, “Vou recuperar a malha viária de nosso elefante”…. Nada disso!!

Do início ao fim ,  retrovisor direcionado para incoerência política, folhas atrasadas, escolas abandonadas e estradas esburacadas.

A Governadora Fátima Bezerra (PT) foi o alvo principal desde o primeiro bloco de seus adversários.

Já na primeira pergunta, o candidato Fábio Dantas (SDD) foi pra cima com perguntas sobre a aliança com os Alves, oligarquia antes tão combatida, a compra de respiradores e o Senador Styvenson Valentim (Podemos) completou, questionando sobre os péssimos índices da Educação no estado em tempos de pandemia.

Uma sequência de diretos no queixo, mas que a Governadora não tirou a base do chão. Não titubeou e, se não mostrou resultados hoje, respondeu com promessa de futuro, construção de escolas e reformas, mesmo no fim de Governo.

Sobre a incoerência, rebateu com a “dor de cotovelo” de Fábio, que gostaria de ter esses aliados em seu palanque. Pelo tom verdadeiro e menos raivoso do que seus interlocutores, levou a melhor.

Ao ganhar confiança no primeiro momento, o eco em todos os outros blocos e a apatia de seus adversários.

FÁBIO DANTAS 

Apesar da boa desenvoltura de Fábio Dantas em entrevistas e declarações, ontem não foi sua noite. Ele parecia ansioso para nocautear a adversária, mas faltou o time para conseguir o objetivo.

Teve a tarefa espinhosa de explicar o Governo Robinson Faria, de quem foi vice e justificar que não foi cúmplice da pior administração da “história contemporânea”, segundo a Governadora Fátima.

Fábio não defendeu o indefensável; as folhas em atraso do funcionalismo e a promessa não cumprida de ser o Governo da Segurança, mas tentou trazer a Governadora para o mesmo lado do balcão, mas não conseguiu. Esta tarefa essa já respondeu há quatro anos e foi aprovada pelo Professor voto popular.

STYVENSON VALENTIM 

Começou escolhendo um bom tema para provocar a Governadora; “escolas fechadas, sem água potável e esgoto”, mas a Governadora conseguiu responder com tranquilidade colocando a culpa nos antecessores e mostrando – em números que não foram contestados – de reforma e construção de novas estruturas.

O pior momento do Senador do Podemos foi criticar as universidades públicas e dizer que a UERN é mal utilizada. A “crítica pela crítica”, sem um dado consistente para validar a fala foi logo refutada pelos telespectadores mossoroenses  nas redes sociais.

CLORISA LINHARES

A candidata do Patriota que só participou do debate por força de uma decisão judicial foi a única a trazer o presidente Jair Bolsonaro para o debate elogiando a perfomance do seu Governo na Pandemia e lembrou o repasse de recursos para o Rio Grande do Norte. Foi rebatida pela Governadora Fátima, que disse ter sido mais atrapalhada do que ajudada pelo Governo Federal.

Clorisa fez questão de se mostrar como uma mulher de família, evangélica e surpreendeu a todos na despedida ao mandar um beijo para netinha Sofia e rezar a oração do Pai Nosso. Mesmo assim ainda lhe restaram 15 segundos sem ter o que dizer.

DANIEL MORAIS 

Pouco conhecido do público, o candidato do PSOL escolheu o contrato do Governo com a Arena das Dunas para ouvir a opinião do candidato Fábio Dantas, que disse ter sido contra quando deputado da operação.

Ao Senador Styvenson inquiriu sobre a retirada de sua assinatura na CPI do MEC, de quem ouviu críticas a parlamentares que só  fizeram “circo e palhaçadas”. “Parlamentar só tem capacidade de fazer palco político, CPI não dá em quase nada”.

RESUMINDO…

O Debate foi positivo para Governadora Fátima Bezerra (PT), que só precisava não errar muito e manter sua confortável liderança de quem não tem um candidato competitivo a lhe tirar a reeleição pavimentada – no primeiro ou segundo turno.

Não houve um momento a se destacar de seus adversários, ávidos por um carimbo de “preparado”, “competente” ou capaz de fazer mais e melhor do que está posto.

Perde o Rio Grande do Norte que fica sem propostas a ouvir e cobrar no futuro.

A sensação é de que a mediocridade e mesmice  ganharam assento cativos sem perspectiva de sair de cena.

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